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Definição

  Sejam A e B subconjuntos de R. Uma função f: A→B é uma lei ou regra que a cada elemento de A faz corresponder um único elemento de B. O conjunto A é chamado domínio de f e é denotado por D(f). B é chamado de contra-domínio ou campo de valores de f.
  Escrevemos:
f: A → B
x →f(x)
Exemplos:

i) Sejam A = {1,2,3,4} e B = {2,3,4,5}, f: A→B dada pelo diagrama abaixo é uma função de A em B.
Apresentação sem título.jpg

ii) g: A→B para x→x+1 é uma função de A em B. Pode ser representada g em diagrama.

Ilustrações cal_int.jpg

TESTE DE COMPREENSÃO
  Determine o domínio e a imagem das funções abaixo:

  i) f(x) = 1/x 

  ii) f(x) = √(x)
  iii) f(x) = −√(x − 1)

  v) f(x) = | x |

Respostas:

  i) D(f) = R - {x=0}; Im(f)= R − {f(x=0)}

  ii) D(f) = R ; Im(f)=R

  iii) D(f) = [1, ∞] ; Im(f) = [-∞, 0]

  iv) D(f) = R; Im(f) = R

  Para acompanhar a resolução destes problemas, acesse o vídeo abaixo:

Toda relação entre dois conjuntos A e B é uma função? Não!

  A seguir, são mostrados exemplos de relações que não atendem à definição e, portanto, não são funções.

i) Sejam A = {3,4,5} e B = {1,2} f:A→B dada pelo diagrama abaixo não é uma função de A em B, pois o elemento 4 ∈ A tem dois correspondentes em B.

Ilustrações cal_int (1).jpg

  Ou seja: cada elemento de A tem mais de um correspondente em B.

ii) g:A→B, x→x−3 não é uma função de A em B, pois o elemento 3 ∈ A não tem correspondente em B.

Ilustrações cal_int (2)_edited.jpg
  Ou seja: nem todo elemento de A tem correspondente em B.

Gráficos

 Além do diagrama de setas, outra maneira de representar uma função é por gráfico. Os gráficos são muito importante para estudar o comportamento das leis das funções e, então, para entender os fenômenos que  representam. 

  Sendo assim:

O gráfico de f é o conjunto de todos os pontos (x,f(x)) de um plano coordenado, onde x pertence ao domínio de f.

  Pelos exemplos abaixo, observa-se como construir o gráfico de uma função utilizando tabelas.

  Exemplos:

  i) f(x) = x²

TABELA1_edited_edited.jpg

  ii) f(x) = x​​

graf 2.png
TABELA2.png

  iii) f(x)= −2 , se x ≤ −2

              2 , se −2 < x ≤ 2

              4 , se x > 2

  Note: caso de domínio partido.

  iv) f(x)=| x |

graf 3.png
TABELA3.png

  v) f(x)=1/x 

  vi) Um fabricante da industria farmacêutica determina que, quando x centenas de um medicamento são produzidas, podem ser todas vendidas por um preço unitário dado pela função p = 60 - x reais. Para que nível de produção a receita é máxima? Qual a receita mínima?
x = quantidade vendida em centena, p = preço por unidade de centena vendida, R = receita.
R = x*p = x (60-x) = 60x − x²

Operações

  Dadas as funções f e g, sua soma f+g, diferença f-g, produto f.g e o quociente f/g, são definidas por:
 

i) (f+g)(x)=f(x)+g(x)
ii) (f
g)(x)=f(x)g(x)
iii) (f.g)(x)=f(x).g(x)
iv) (f/g)(x)=f (x)/g(x)

  O domínio das funções f+g, f-g e f.g é a intersecção dos domínios de f e g. O domínio de f/g é intersecção dos domínios f e g, excluindo-se os pontos onde g(x)=0.

  Exemplos:

  1) Sejam f(x) = √(5  x) e g(x) = √(x − 3)


  i) (f+g)(x)
     (f+g)(x) = f(x)+g(x) = √(5
 x) + √(x − 3)
 

  ii) (f−g)(x)

     (fg)(x) = f(x)g(x) = √(5  x) √(x − 3)

 

  iii) (f.g)(x)
      (f.g)(x) = f(x).g(x) = √(5  x) . √(x − 3)

  iv) (f/g)(x)

      (f/g)(x)= f(x)/g(x) = √(5  x) √(x − 3) ∀ x > 3

  2) O custo total em reais para fabricar n unidades de um certo produto é dado pela função

c(n) = n³ − 30n² + 500n + 200. Determine:

    a) O custo de fabricação de 10 unidades do produto.

        c(10) = 10³ − 30(10)² + 500(10) + 200 = 1000 − 3000 + 5000 + 200 = 

        c(10) = 3200

        O custo de fabricação de 10 unidades é 3200 reais.

    b) O custo de fabricação da 10a unidade do produto.

        O custo da 10a unidade é dado por c(10) − c(9).

        c(10) = 3200;

        c(9) = 9³ − 30(9)² + 500(9) + 200 = 729 − 2430 + 4500 + 200 = 1541;

        c(10) − c(9) = 3200 − 2999 =  201.

        O custo da 10a unidade é 201 reais.

   Acompanhe a resolução dos exemplos em vídeo:

    

Tipos de funções

  Existem algumas funções com características determinadas e importantes propriedades que são organizadas em tipos.

Função composta

  Dada duas funções f e g, a função composta de g com f, denotada por gof, é definida por (gof)(x)=g(f(x)).
  O domínio de g
of é o conjunto de todos os pontos x no domínio de f tais que f(x) está no domínio de g.
  D(g
of)={x∈D(f)/f(x)∈D(g)}

Funções pares e ímpares

  Uma função f(x) é par se, para todo x no domínio de f, f(x) = f(x).
  Uma função f(x) é ímpar se, para todo x no domínio de f,
f(x) = f(x).
  Observe essa classificação nos exemplos abaixo:
i) f(x) = x
²

    Como f(x) = (−x)² = x² = f(x), a função é PAR.

ii) f(x) = x⁵+x³

    Como f(x) = (x)⁵ + (x)³ = −(x⁵ + x³) = f(x), a função é ÍMPAR.

iii) f(x) = x³+x

     Como  f(x) (x)³ + 4−(x⁵ + x³) ≠ f(x) ≠ f(x), a função NÃO É PAR, NEM ÍMPAR. 

DICA!
Passe o mouse para aprender.

Para verificar se uma função é par ou ímpar, escreva-a atribuindo a x o valor de (−x).

Se, após reescrevê-la, a lei foi igual à lei original, é par; se for igual à lei original multiplicada por "−1", é ímpar. Se nenhum dos casos for verdadeiro, não é par, nem ímpar.

Função periódica

  Dizemos que uma função f(x) é periódica se existe uma número real T ≠ 0 tal que f(x+T) = f(x) para todo x ∈ D(f).


Exemplos:


i) Sen(x) e Cos(x)

Função inversa

  Seja y = f(x) uma função de A em B ou f:AB. Se, para cada y ∈ B, existir exatamente um valor x ∈ A tal que y = f(x), então podemos definir uma função g:BA tal que x = g(y). A função g definida desta maneira é chamada função inversa de f e denotada por f ⁻¹.

Exemplos:


i) f:RR definida por y = 2x − 5, qual f ⁻¹?

   Tem-se f ⁻¹:RR; então y+5=2x

                                            x = (y − 5)/ 2
                                            f (x)⁻¹ = (y − 5)/ 2


ii) f:R−{3}R−{−1} definida por y = (x − 1) / (3 − x), qual f ⁻¹?

    Tem-se f ⁻¹:R−{−1}R−{3}; então y(3 − x) = x − 1

                                                                x = (3y − 1) / (1 − y)

                                                                f(x) ⁻¹= (3y − 1) / (1 − y)

 

  Pode-se determinar se uma função admite inversa a partir de seu gráfico. Para isso, passa-se uma reta paralela ao eixo dos x: caso corte o gráfico apenas em um ponto, possui inversa; caso corte o gráfico em mais de um ponto, não admite inversa com o domínio completo, mas pode ser possível restringindo seu domínio. 

  Observe o exemplo abaixo:

f(x) = x²

Ao traçar uma reta paralela ao eixo dos x, toca-se a parábola em dois pontos. Portanto, f(x) não admite inversa. 
Porém, ao restringir seu domínio para        D =R₊ , a condição é respeitada e possui inversa.

Exemplos:
iii)
A função f: [0,+∞)
[0,+∞), definida por f(x) = x² tem como inversa a função g:[0,+∞)[0,+∞) dada por g(x) = √x .

iv) A função f: R₊R₊ , definida por f(x) = x³ tem como inversa a função g: RR₊ dada por g(x) = ∛x.

Funções - função composta
25:39
Funções - funções pares e ímpares
06:57
Funções - função periódica
04:28

Funções elementares

  São aquelas com operações bases, as quais servem de modelo para a descrição de fenômenos e situações reais. 

  As principais são:

Funções - função constante
05:22
Funções - função identidade
04:02
Funções - função polinomial
05:18

  Para estudar as características e os gráficos das demais funções trigonométricas, suas funções inversas e das funções hiperbólicas, acesse o pdf: 

Aplicações

  Caso 1: Decaimento radioativo

  A massa de materiais radioativos, tais como o rádio, o urânio ou o carbono-14, se desintegra com o passar do tempo. Uma maneira usual de expressar a taxa de decaimento da massa é utilizando o conceito de meia-vida desses materiais. A meia vida de um material radioativo é definida como o tempo necessário para que sua massa seja reduzida à metade. Denotando por M₀ a massa inicial (t=0) e por M a massa presente num instante qualquer t. Podemos estimar M pela função exponencial dada por M = M₀e⁻ᴷᵗ (Eq.1) sendo K>0 uma constante.
  A Eq.1 é conhecida como modelo de decaimento exponencial. A constante K depende do material radioativo e está relacionada com a meia-vida dele.
  Sabendo que a meia-vida do carbono-14 é de aproximadamente 5730 anos, determine:
  a) a constante K para o carbono-14;
  b) a quantidade de massa presente após dois períodos de meia-vida, se no instante t = 0 a massa era M₀;
  c) a idade estimada de um organismo morto, sabendo que a presença do carbono-14 neste é 80% da quantidade original.

Caso 2: Consumo de água

Desde o início do mês, o reservatório de água de uma cidade vem perdendo água a uma taxa constante. No dia 12, o reservatório está com 200 milhões de litros de água; no dia 2, está apenas com 164 milhões de litros.

a) Expresse a quantidade de água no reservatório em função do tempo e desenhe o gráfico associado.
b) Quanta água havia no reservatório no dia 8?

Caso 3: Nutrição 

Cada 30g do alimento I contém 3g de carboidratos e 2g de proteínas; cada 30g do alimento II contém 5g de carboidratos e 3g de proteínas. Quando x g do alimento I são misturados com y g do alimento II, o alimento composto contém exatamente 73g de carboidratos e 46g de proteínas.

Explique por que existem 3x + 5y g de carboidratos no alimento composto e por que devemos ter 3x+5y = 73.Escreva uma equação semelhante para o teor de proteínas do alimento composto. Desenhe o gráfico das duas equações.

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