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Noção intuitiva

   Primeiramente, analise os seguintes exemplos de sucessões numéricas:

  • (1) 1,2,3,4,5, ....
  • (2) 1/2, 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, ....
  • (3) 1, 0, -1, -2, -3, ....
  • (4) 1, 3/2, 3, 5/4, 5, 7/6, 7, ....

  Em (1) os termos se tornam cada vez maiores sem atingir um LIMITE. Dizemos que os termos dessa
sucessão tendem para o infinito ou que o limite da sucessão é infinito. Denota-se: x 
→∞
  Em (2) os termos crescem, mas não ilimitadamente. Os números se aproximam cada vez mais do
valor 1, sem nunca atingir esse valor. Denota-se: x 
1
  Em (3) os termos decrescem sucessivamente mas sem atingir um LIMITE. Dizemos que: x 
 -
  Em (4) os termos da sucessão oscilam sem tender para um LIMITE.

  Desse modo, pode-se identificar os limites nos casos a seguir, observando também sua relação com os respectivos gráficos. 

  Exemplos:

  DICA: Explore quantos exemplos forem necessários para bem compreender. Em seguida, avance para  "Definição". 

  i) Seja y= 1 − 1/x;

legenda 1.jpg

  Esta função tende para 1 quando x tende para o infinito. Basta observar as tabelas e os gráficos.

y1 quando x ± ∞ , que pode ser denotado por  lim (1−1/x) = 1.

  ii) Seja y = x² + 3x − 2 ;

 ± ∞

2.jpg

  Neste caso, y tende para ∞ quando x tende para ± ∞. Ou seja: lim (x² + 3x − 2= + .

  iii) Seja y = (2x + 1) / (x − 1);

 ± ∞

3.jpg

  Observa-se que: y→2 quando x →± ∞, tendo lim (x² + 3x − 2= + .

  Além disso, quando x tende a 1 por valores maiores que 1 (pelos valores à sua direita), representado por x → 1⁺ , y tende a mais infinto; quando x  tende a 1 por valores menores que 1 (pelos valores à sua esquerda), dado por x→1⁻, y tende a menos infinito. Esses são chamados de limites laterais, à direita e à esquerda, escritos como: 

    lim (x² + 3x − 2= + ∞   e   lim(x² + 3x − 2) = ∞.

 ± ∞

 → 1⁺

 → 1⁻

ATENÇÃO: As notações '⁺' e '⁻' não necessariamente significam valores positivos ou negativos. Indicam apenas valores à direita (⁺) ou à esquerda (⁻) de um referencial. Mais será visto na seção "Limites laterais".

iv) Seja y = −1/ (x + 1)²;

5.jpg

  Esta função tende para o infinito quando x tende para 1 pela direita e quando x tende para 1 pela esquerda: lim (− 1/(x + 2)²) = − ∞ e lim (− 1/(x + 2)²) = − ∞.

  Logo, pode-se afirmar simplesmente que: lim (− 1/(x + 2)²) = − ∞.

  v) Seja y = cos(1/x);

 → 1⁻

 → 1

 → 1⁺

6.jpg

  O gráfico dessa função oscila numa vizinhança de zero, sem tender para um limite.

Definição de limite

  Uma função f(x) tem limite L quando x tende para a, se é possível tornar f(x) arbitrariamente próximo de L, desde que tomemos valores de x, para x ≠ a suficientemente próximo de a.
  Seja f(x) definida num intervalo aberto I, contendo a, exceto, possivelmente, no próprio a. Dizemos
que o limite de f(x) quando x aproxima-se de a é L se, para todo ε > 0, existe um δ > 0, tal que |f(x) − L| < ε sempre 0 <|x − a|< δ. Escrevemos como: 

 lim f(x) = L 

 

Observação: utiliza-se, para a definição, as letras gregas δ (delta) e ε (epsilon) a fim de expressar números extremamente pequenos, mas diferentes de zero. 

 x

Propriedade dos limites

   Os limites possuem algumas propriedades associadas a suas operações básicas. É importante conhecê-las para devidamente aplicá-las durante o cálculo dos limites e, assim, facilitar a resolução. São elas:

  • Se a, m e n são números reais, então:

    • lim (mx+n) = ma+n

  • Se lim f(x) e lim g(x) existem, e c é um número real qualquer, então: 

    • lim [ f(x) ± g(x) ] = lim f(x) + lim g(x)​

    • ​lim cf(x) = c lim f(x)​

    • lim [ f(x) . g(x) ] = lim f(x) . lim g(x)

    • lim f(x)/g(x) = lim f(x) / lim g(x) , se lim g(x) ≠ 0.

    • lim [f(x)]ⁿ = [ lim f(x) ]ⁿ

    • lim ⁿ√(f(x)) = ⁿ√( lim f(x)) , se lim f(x) > 0 e n inteiro ou se lim f(x) ≤ 0 e n é um inteiro positivo

    • lim ln[f(x)] = ln[lim f(x)] se lim f(x) > 0

    • lim sen[f(x)] = sen [lim f(x)]

    • lim cos[f(x)] = cos [lim f(x)]

    • lim eᶠ⁽ˣ⁾ = e ˡᶦᵐ ᶠ⁽ˣ⁾

  • Se f(x) ≤ h(x) ≤ g(x) para todo x em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente em x = a, e se  lim f(x) = L =  lim g(x) então:

    • lim h(x) = L​

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

 x

  Exemplos:

  1) Encontre os limites abaixo utilizando as propriedades:

    i)  lim (x² + 3x + 5)

        lim (x²)  + lim (3x + 5) = (lim x)²  + 3(2) + 5 = 2² + 6 + 5 = 4 + 11 = 15


    ii) lim [(x − 5) / (x³ − 7)]

        lim (x − 5) / lim (x³ − 7) = (3 − 5) / (3³ − 7) =  (− 2) / (27 − 7) = (− 2) / (20) = − 0,1


    iii) lim [√(−4x + 1 + x⁴)]

         √lim (−4x + 1 + x⁴) = √[(lim −4x) + (lim 1) + ( lim x⁴)] =  √[((−4)(−2)) + (1) + ((−2)⁴)] = 

         =√ (8 + 1 + 16) = √25 =5


    iv) lim [(x² − 1) / (x − 1)]

         Como há indeterminação 0/0, usa-se fatoração. Esse caso será explicado a seguir.

         lim [ ((x + 1)(x − 1)) / (x − 1) ] =  lim (x + 1) = 2


    v)  lim ( x² sen(1/x) )

         Nesse exemplo, tem-se a indeterminação 1/0; será visto que tende ao infinto.

         (lim x²) (lim sen(1/x) ) = 0² (sen (lim 1/x) ) = 0 sen(∞) = 0

   Acompanhe a resolução dos exemplos em vídeo: 

 x→2 

 x→2 

 x→2 

 x→2 

 x→3

 x→3

 x→3

 x→- 2

 x→- 2

 x→- 2

 x→- 2

 x→- 2

 x→1

 x→1

 x→0

 x→1

 x→0

 x→0

 x→0

Limites laterais

  i) Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a,c). Dizemos que um número L é o limite à direita da função f quando x tende para a e escrevemos: lim f(x) = L se para todo ε > 0 existe um δ > 0, tal que |f(x) − L| < ε sempre que  a < x < a+δ . 
  Se lim f(x) = L, dizemos que f(x) tende para L quando x tende para a pela direita. Usamos o símbolo     
x→ a  para indicar que os valores são sempre maiores do que a.

  ii) Seja f uma função definida em um intervalo aberto (d,a). Dizemos que um número L é o limite à esquerda da função f quando x tende para a e escrevemos: lim f(x) = L se para todo ε > 0 existe um δ > 0, tal que |f(x) − L| < ε sempre que a − δ < x < a
  Nesse caso, o símbolo 
x→a indica que os valores de x considerados são sempre menores do que a.

 xa 

 x

  Exemplos:

  i) Dada a função f(x) = (1 + √( x − 3) ), determinar, se possível, lim f(x) e lim f(x)

     lim (1 + √( x − 3) ) = 1 + √( 3 − 3) = 1

     lim (1 + √( x − 3) ) = 1 + √( 3 − 3) = 1

    Para tal f(x), os limites laterais são iguais. Note que, em ambos casos, tende a 3; a diferença é se tende pela direita ou pela esquerda do número. Essa tendência pode ou não gerar resultados distintos. Observe os casos a seguir.

  ii) Seja f(x) = 

   {−|x| / x se x≠0

      {1 se x = 0 ,

     determinar, se possível, lim f(x) e lim f(x). Esboce o gráfico.

     Ao tender a zero pela direita ou pela esquerda, x se aproxima de 0, mas não é igual a zero. Portanto, considera-se   x≠0, utilizando −|x| / x.

     lim (−|x| / x) = − 1

     lim (−|x| / x) = 1

     Os limites laterais são diferentes. Será avaliado o que isso indica a respeito de lim (−|x| / x) 

     

  iii) Seja f(x) = |x|. Determinar lim f(x) e lim f(x). Esboçar o gráfico.

      lim |x| = 0

      lim |x| = 0

      Os limites laterais são iguais. Será avaliado o que isso indica a respeito de lim |x|.

   Acompanhe  a resolução dos exemplos em vídeo:

 x3 ⁺ 

 x3 ⁻

 x0 ⁺ 

 x0 ⁻

 x⁺ 

 x 0 ⁻

 x⁺ 

 x⁺ 

 x 0 ⁻

 x 0 ⁻

 x

 x

   A partir dos limites laterais, define-se a CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA PARA UM LIMITE:

  Se f é definida em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente no ponto a, então lim f(x) = L se e somente se lim f(x) = L e lim f(x) = L.   

  Ou seja: um limite em a existe se seus limites laterais pela direita e pela esquerda de a existem e são iguais.

 xa 

 x

 x

 x2 ⁻

 x2 ⁺ 

 x2 ⁺ 

 x2 ⁻

 x2 ⁺ 

 x2

 x2 ⁺ 

 x2 ⁻

 x2

 x2 ⁻

 x→0

 x0 ⁻

 x0 ⁺ 

 x0 

   Exemplos:

  i) Retome o exemplo (ii) acima e delimite as conclusões sobre o lim f(x) para f(x) =

   {|−x| / x ,se x≠0

      {1, se x = 0.

      Conclusão: Como lim (|−x| / x) ≠ lim (|−x| / x), o lim (|−x| / x) não existe.

  ii) Seja f(x) =

      x² + 1, se x < 2

      { 2, se x = 2

      {9 − x², se x> 2,

 determinar, se existirem, lim f(x), lim f(x) e lim f(x).

     Quando x tende a 2 pela esquerda, x assume valores menores que 2. Logo, x < 2, lim (x² + 1):

      lim (x² + 1) = 2² + 1= 5.

      Quando x tende a 2 pela direita, x assume valores maiores que 2. Logo, x > 2, lim (9 − x²):

      lim (9 − x²) = 9 − 2² = 5.

      Conclusão: Como lim f(x) = lim f(x) = 5, lim f(x) existe e é igual a 5.

  iii) Seja f(x) =

      x − 1, se x ≤ 3

      { 3x − 7 , se x > 3, 

calcule:

  a) lim f(x), lim f(x), lim f(x)

     Quando x tende a 3 pela esquerda, x assume valores menores que 3. Logo, x < 3, lim (x − 1):

      lim (x − 1) = 3 − 1= 2.

      Quando x tende a 3 pela direita, x assume valores maiores que 3. Logo, x > 3, lim (3x − 7):

      lim (3x − 7) = 3(3) − 7 = 2.

      Conclusão: Como lim f(x) = lim f(x) = 2, lim f(x) existe e é igual a 2.

  b) lim f(x), lim f(x), lim f(x)

      Quando x tende a 5 pela esquerda e pela direita, x assume valores maiores que 3. Logo, x >3, lim (3x − 7):

      lim (3x − 7) = 3(5) − 7 = 8;

      lim (3x − 7) = 8.

      Conclusão: Como lim f(x) = lim f(x) = 8, lim f(x) existe e é igual a 8.

  c) Esboce o gráfico de f(x)

 x3 ⁺ 

 x3 ⁻

 x3 

 x5 ⁺ 

 x

 x5

 x3 

 x3 ⁻

 x3 ⁻

 x3 ⁻

 x3 ⁺ 

 x3 ⁺ 

 x3 ⁺ 

 x

 x5 ⁺ 

 x5 ⁺ 

 x

 x5

Cálculo dos limites

  

  Para o cálculo do limite, pode-se realizar a substituição direta do valor a que se tende na lei da função. Todavia, em alguns casos, obtém-se expressões indeterminadas, exigindo diferentes tratamentos. 

  Expressões indeterminadas

  São expressões indeterminadas que frequentemente aparecem: 0/0 ; ∞/∞ ; ∞ − ∞ ; 0 x ∞ ; 0⁰ ; ∞⁰ ; 0 .

  Assim, nos casos em lim f(x) = lim g(x) = 0 ou =∞, nada se pode afirmar, a priori, sobre o limite do quociente f/g ou f ᵍ. Dependendo das funções f e g, f/g ou f ᵍ podem assumir valor real ou não existir.

  Para descobrir, as expressões devem ser tratadas, recorrendo a determinadas estratégias (ex: fatoração, racionalização, etc), como será visto nos exemplos abaixo. Acompanhe as resoluções para entender.

  Exemplos:

  i) lim [(x³ − 3x + 2) / (x² − 4)]

    Ao substituir −2 no numerador e no denominador, é gerada a indeterminação 0/0. Logo deve-se buscar reescrever a expressão de modo a tratar a indeterminação, o que, neste caso, pode ser feito pela fatoração. 

    (x³ − 3x + 2) / (x² − 4)] = ((x² − 2x + 1)(x + 2)) / ((x + 2)(x − 2)) = (x² − 2x + 1) / (x − 2)

   Desse modo, tem-se uma expressão equivalente, na qual pode-se substituir −2:

   lim [(x² − 2x + 1)/ (x − 2)] = (( −2)² − 2( − 2) + 1)/ (( − 2) − 2)] = (4 + 4 +1) / ( −4) = −9/4.

 x0 

 x0 

  ii) lim [(√(x + 2) − √(2)) / x ]

  Novamente, deve-se evitar o caso 0/0. Desta vez, recorre-se a racionalização para retirar a indeterminação do denominador. 

    (√(x + 2) − √(2)) / x  = [(√(x + 2) − √(2)) / x] . [(√(x + 2) + √(2)) / (√(x + 2) + √(2))] =

    = ((x + 2) − (2)) / (x (√(x + 2) + √(2))) = (x + 2 − 2) / (x (√(x + 2) + √(2))) = (x) / (x (√(x + 2) + √(2))) =

    = (x) / (x (√(x + 2) + √(2))) = 1 (√(x + 2) + √(2)) 

   A partir desta expressão, pode-se calcular o limite:

   lim [1 / (√(x + 2) + √(2))] = 1 / (√(0 + 2) + √(2)) = 1 / (√(2) + √(2)) = 1 / (2√(2)).

 x→−2 

 x→−2 

  iii) lim [(³√(x) − 1) / (√(x) − 1)]

      Nesse caso de 0/0, deve-se fazer uma substituição de variável. Define-se que: x = t⁶, de modo que quando x tende a 1, t também tende a 1. Reescrevendo:

        (³√(t⁶) − 1) / (√(t⁶) − 1) = (t² − 1) / (t³ − 1) = ((t − 1)(t + 1)) / (t³ − 1) 

        Dividindo o numerador e o denominador por (t − 1):

         = (t + 1) / ( t² + t + 1)

       Logo, foi eliminada a indeterminação e é possível calcular o limite:

       lim [(t + 1) / ( t² + t + 1)] = (1 + 1) / (1² + 1 + 1) = 2/3.

 x→1

 x→1

  iv) lim [ ((x + h)² − x²) / h ]

      Ao substituir h, tem-se 0 no denominador. Logo, expande-se o numerador visando eliminar o h.

        ((x + h)² − x²) / h = (x² + 2xh + h² − x²) / h = (2xh + h²) / h = ((h)(2x +h)) / h = (2x +h) 

        Assim, calcula-se:

       lim (2x + h) = 2x + 0 = 2x.

 h 0

 h 0

  Observa-se que cada caso apresenta uma estratégia mais efetiva para a resolução do limite. Com a prática, torna-se intuitivo identificar as possíveis melhores formas.

   A  seguir, serão verificados outros limites importantes, que auxiliam no tratamento de indeterminações.

 x+∞ 

 x→− 

 x+∞ 

  Limites no infinito 

  i) Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a,+∞). Escrevemos, lim f(x) = L quando o número L satisfaz à seguintes condição: para qualquer ℇ > 0, existe a > 0 tal que | f(x) - L | < ℇ sempre que x > a.

  ii) Seja f definida em (−∞,b). Escrevemos, lim f(x) = L, se L satisfaz à seguintes condição: para qualquer   > 0, existe b > 0 tal que |f(x) - L| < ℇ sempre que x < b.

  Se n é um número inteiro positivo, então:

  i) lim 1 / xⁿ = 0                                           ii) lim 1 / xⁿ = 0

 x→− 

 x→− 

 x+∞ 

 x+∞ 

 x→− 

  Exemplos: 

  i) lim [(2x − 5) / (x + 8)]

     Para solucionar a indeterminação ∞/∞, reescreve-se a expressão explicitando o x de maior grau (neste caso, x¹), passando a aparecer no denominador.  Aplicam-se as propriedades e os teoremas:

    (2x − 5) / (x + 8) = ((x)(2 − 5/x)) / ((x)(1 + 8/x)) = (2 − 5/x) / (1 + 8/x)

     lim [(2 − 5/x) / (1 + 8/x)] = lim [(2 − 5/x)] / lim [(1 + 8/x)] = (lim [2] − lim [5/x]) / (lim [1] + lim [8/x]) =

    = (lim [2] − 5 lim [1/x]) / (lim [1] + 8 lim [1/x])

    Tendo lim 1/x = 0: 

    = (lim [2] − 5 lim [1/x]) / (lim [1] + 8 lim [1/x]) = (2 − 5 (0)) / (1 + 8 (0)) = (2 − 0) / (1 + 0) = 2.

  ii) lim [ (2x³ − 3x + 5) / (4x⁵ − 2)

      Resposta: 0

  iii) lim [(2x + 5) / (√(2x² − 5))]

       Resposta: 2 / √2

  iv) lim [(2x + 5) / (√(2x² − 5))]

       Resposta:  2 / √2

  Acompanhe o assunto e os exemplos abordados em vídeo:

  Limites infinitos 

  i) Seja f(x) uma função definida em um intervalo aberto contendo a, exceto, possivelmente, em x = a. Dizemos que lim f(x) = +∞, se para qualquer A > 0, existe um δ > 0 tal que f(x) > A sempre que 0 < |x−a| < δ.

  ii) Seja f(x) definida em um intervalo aberto contendo a, exceto, possivelmente, em x = a. Dizemos que lim f(x) = −∞, se para qualquer B < 0, existe um  δ> 0 tal que f(x) < B sempre que 0 < |x−a| < δ.

  Se n é um número inteiro positivo, então:

i) lim 1 / xⁿ =+∞                                       ii) lim 1 / xⁿ = +∞, se n é par 

                                                                                            −∞, se n é ímpar

 x0 ⁺ 

 x0 ⁻

 xa ​

 xa

 x0 

  Exemplos: 

  i) lim (x³ + (x) + 1/x²) 

     Como não é possível calcular 1/0 e não há como eliminar o x no denominador, recorre-se ao limite infinto:

      lim (x³) + lim (√(x)) + lim (1/x²) = 0³ + √(0) + ∞ = ∞.

   ii) lim (|x| / x²) , lim (|x| / x²) e lim (|x| / x²)

     Novamente, serão usados limites infinitos, visto que não há como eliminar a indeterminação 0/0. Agora, ao avaliar os limites à direita e à esquerda de zero, deve-se atentar ao sinal dentro  do módulo.

     À direita de zero, todos os valores próximos a zero, mas não iguais a ele, são positivos:

     lim (|x| / x²) = lim (|(+x)| / x²) = lim (+1 / x) 

     Como x tende a 0⁺ e xⁿ⁼¹:

     lim (+1 / x) = +∞.

     À esquerda de zero, todos os valores próximos a zero, mas não iguais a ele, são negativos:

     lim (|x| / x²) = lim (|(−x)| / x²) = lim (−1 / x) = − lim (1 / x)

    Como x tende a 0⁻ e xⁿ⁼¹, sendo 1 ímpar:

     − lim (1 / x) = (−1)(−∞) = +∞.

     Sendo os limites laterais iguais, conclui-se que:

     lim (|x| / x²) = +∞.

    Observação: este exemplo (ii) não possui resolução em vídeo.

 x0⁺

   iii) lim (3x⁵ − 4x³ + 1

     Ao substituir, encontra-se a indeterminação ∞ − ∞. Então, deve-se isolar a variável x de maior grau:

     (x⁵)(3 4/x + 1/x⁵) 

     lim [(x⁵)(3 4/x + 1/x⁵)] = lim(x⁵) . lim(3 4/x + 1/x⁵) = (∞)(3 − 0 + 0) = +∞.

 x 

 x0⁻

 x0

   iv) lim [(5x + 2) / |x + 1|] 

       Resposta: −∞

 x−1 

   v) lim [(x² + 3x + 1) / (x² + x − 6)] 

       Resposta: ±∞

 x2 

   Acompanhe o assunto, os exemplos abordados e outros exemplos em vídeo: 

Limites infinitos - limites
11:21
Limites infinitos ex 1- limites
02:43
Limites infinitos ex 3- limites
02:46

Conheça mais com a tabela de propriedades de limites infinitos: 

tabela limites infinitos.jpeg

  Note: limites no infinitos são aqueles cuja incógnita tende a mais ou menos infinito. Limites infinitos, por sua vez, são aqueles iguais a mais ou menos infinito.

Assíntotas

   Em aplicações práticas, encontramos com muita frequência gráficos que se aproximam de uma reta à medida que x cresce ou decresce, sem nunca encostá-la, como nos gráficos do vídeo abaixo.

   Essas retas são chamadas assíntotas, e podem ser verticais, horizontais ou inclinadas.

  

  Assíntota vertical

  A reta x = a é uma assíntota vertical do gráfico y = f(x), se pelo menos uma das seguintes afirmações for verdadeira:

  i) lim f(x) = + ∞

  ii) lim f(x) = + 

  iii) lim f(x) = − ∞

  iv) lim f(x) =  

  Exemplo:

  A reta x = 2 é uma assíntota vertical do gráfico de y = 1/(x−2)², visto que lim [1/(x−2)²] = + ∞ e lim [1/(x−2)²] = ∞.

 xa ⁺ 

 xa ⁺ 

 xa 

 xa 

 x2 ⁺ 

 x2 ⁻

1.jpg

Assíntota horizontal

  A reta y = b é uma assíntota horizontal do gráfico y = f(x), se pelo menos uma das seguintes afirmações for verdadeira:

  i) lim f(x) = b

  ii) lim f(x) = b

  Exemplo:

  A reta y =1 e y = −1 são assíntotas horizontais do gráfico de y = x / (√(x²+2)), pois lim [ x / (√(x²+2))] = 1 e lim [ x / (√(x²+2))] = −1.

 x+ 

 x→− 

 x→− 

 x+ 

2.jpg

 x→± 

Assíntota diagonal

  A reta y = ax+b é uma assíntota inclinada do gráfico y = f(x), se pelo menos uma das seguintes
afirmações for verdadeira:

  i) lim [f(x) − ax+b] = 0

  ii) lim [f(x) − ax+b] = 0

  Exemplo:

  A reta y=2x é assíntota inclinada do gráfico de y = (2x³) / (x² + 4), tendo que lim [((2x³) / (x² + 4))−2x] = 0.

 x→− 

 x→− 

3.jpg

  Observação:  Uma mesma função pode apresentar diferentes assíntotas simultaneamente, do mesmo tipo ou não. Logo, todas as condições devem ser testadas- quando verdadeiras, reconhecem-se  assíntotas. Elas podem ser indicadas por sua expressão ou representadas no gráfico, sendo um elemento importante para plotar o gráfico de uma função.

  Exemplo: 

  Identifique todas as assíntotas da função y = √(1+ 64x²) / (2x − 4)

Limites fundamentais

  Os limites fundamentais tratam de casos particulares de indeterminação: 0/0 , 1 e ∞⁰.

  O uso deles facilita a resolução desses casos.

  1° limite fundamental

  •    lim [sen(x) / x ] = 1

 x0

Demonstração 1

  2° limite fundamental

  •    lim [ (1 + (1/x) )ˣ ] = e

 x0

Casos associados

  3° limite fundamental

  •    lim [( aˣ − 1) / x]  = ln a

 x0

Demonstração 3

 Exemplo

Exemplo

Continuidade

  Uma função f(x) é contínua no ponto a se todas as seguintes condições forem satisfeitas:

  i) f é definida no ponto a;

  ii)  lim f(x) existe;

  iii) lim f(a) = f(a).

  Uma função é contínua em todo seu domínio quando estes itens são verdadeiros para todos os pontos pertencentes ao domínio da função.

  Quando uma dessas condições não é atendida para um ponto a, a função é dita descontínua neste valor. A descontinuidade pode ser pontual, de salto ou infinita/assintótica, como observa-se nos gráficos abaixo.

* resoluçao dos exemplos a partir limites laterais de até assíntotas. 

 xa

 xa

Exemplos:

Verifique se as funções abaixo são contínuas nos pontos indicados.

i) Sejam f(x) = (x² − 1) / (x − 1) e

   g(x) = (x² − 1) / (x − 1), quando x ≠ 1 

          = 1, quando x = 1.

  Essas funções são contínuas   x = 1?

iii) Seja f(x) = |x| / x , quando x ≠ 0

                   = 0, quando x = 0.

     Essa função é contínua em x = 0?

ii) Sejam f(x) = 1 / (x − 1)² e

   g(x) = 1 / (x − 2)², quando x ≠ 2                                                    = 3, quando x = 2.

     Essas funções são contínuas em x = 2?

 

 

 

 

 

 

iv) Seja f(x) = x + 3 , quando x ≥ 1

                  = − x + 1, quando x < 1.

     Essa função é contínua em x = 1?

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